Armindo Tiago exige desempenho baseado em resultados e fala de mudanças para quem não se ajustar às exigências.
 
O Ministro da Saúde,  Armindo Tiago falava na manhã desta Segunda-feira, 28 de Setembro, no distrito de Bilene na Província de Gaza, na abertura do I Seminário Nacional de Acolhimento e Indução dos Gestores de Saúde.

 
Trata-se de um evento que junta Directores Nacionais do Ministério da Saúde, Directores Provinciais, Directores dos Serviços Provinciais, Chefes de Programas Nacionais entre outros quadros do sector.
 
O mesmo visa, de entre outros aspectos, a criação de consensos sobre os mecanismos de operacionalização da emenda constitucional sobre a governação descentralizada, discutir  sobre a abordagem dos determinantes de saúde tendo em conta o seu impacto na melhoria do estado de saúde da população,  discutir  abordagem do subsistema comunitário de saúde.
 
Consta ainda da agenda do evento a partilha de  informação sobre a pandemia da COVID-19 no mundo e no país, para a troca de experiências entre os gestores à todos os níveis e reforçar a prontidão do MISAU face ao contexto incerto da pandemia.

Na sua intervenção Armindo Tiago começou por referir que volvidos cerca de oito meses do início do governação descentralizada, o sector sente que precisa  de continuar o debate em torno da melhoria da coordenação e da busca da melhor forma de implementação das estratégias sectoriais, sendo que deve prevalecer o sentido e dever moral de salvar vidas humanas.
“Implementar a descentralização, demanda uma alta capacidade de planificação, partilha de ideias e liderança, de modo a criar espaços para uma gestão comparticipada e arranjos institucionais, que facilitem a implementação das nossas acções”, disse o Ministro da Saúde que pouco depois desafiou os participantes do encontro e outros dirigentes do sector à todos níveis, a produzirem resultados em saúde.
 
Para Armindo Tiago os pilares do sector são claros sendo que passam primeiro pela prevenção de doenças, curar quando a doença surge e dar cuidados paliativos de qualidade em situações em que não há cura para a doença.
 
Para o Ministro da Saúde, não se pode considerar um desempenho como sendo positivo, numa situação em que sobe o número de mortes por cólera, malária, HIV- SIDA entre outras doenças.
 
Por isso, Armindo Tiago exigiu uma nova atitude aos profissionais, onde a produção de resultados será a principal forma de avaliação e falou em mudanças para os que não apresentarem bons resultados no desempenho das funções.
 
Tiago concluiu a sua intervenção sublinhando que “ sendo a primeira vez que juntamos no mesmo espaço, no presente ciclo governativo, gestores seniores do sector de saúde, ao nível nacional, quero lembrar a todos sobre a necessidade de estarmos preparados e dispostos a levar a nossa missão avante. Estou convicto que o nosso compromisso poderá galvanizar a acção de todos os funcionários do sector de saúde, ao nível nacional, para que a nossa acção se faça sentir em cada família moçambicana”.
 
O I Seminário Nacional de Acolhimento e Indução dos Gestores de Saúde, que está a ser realizado com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), tem a duração de quatro dias.
 
A sessão de abertura contou com a presença da Governadora da Província de Gaza Margarida Mapandzene, o Secretário do Estado ao nivel da mesma Provincia, Amosse Macamo, entre outros quadros.

MISAU-DCI