Trata-se de um antibiótico que integra a Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, o mesmo foi doado a Moçambique, pelo Governo brasileiro, no âmbito da parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e o grupo de hospitais privados “ Rede D`Or São Luiz”, daquele País latino americano.
As 18.300 ampolas foram entregue simbolicamente, ao ministro da Saúde, Armindo Tiago, pelo embaixador Carlos Alfonso Iglesias Puente, em crimónia realizada esta quarta-feira, em Maputo.
O diplomata brasileiro referiu, a propósito, que a doação de antibióticos “ é feita no mesmo espírito do pronto apoio brasileiro ao enfrentamento da calamidade resultante dos ciclones Idai e Kenneth em 2019, ou da doação de materiais em apoio ao plano nacional moçambicano de combate à pandemia, por exemplo”, acrescentando que na mesma linha, “ o governo brasileiro está preparando doação de quatro mil toneladas de arroz ao governo moçambicano, por meio do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD), em parte para ajudar no atendimento às populações deslocadas em Cabo Delgado. O Brasil contribuirá, também, com donativo ao orçamento do Programa Mundial de Alimentação em Moçambique, igualmente tendo em vista a situação humanitária naquela província”.
Além destes apoios, o embaixador do Brasil em Maputo anunciou a doação, em 2022, de vacinas fabricadas no seu País, pela Fundação Oswaldo Cruz. Neste momento, assegurou Carlos Alfonso Iglesias Puente, já estão em curso os preparativos para produção integral de vacinas no Brasil, com ingrediente farmacêutico activo (IFA), o que contribuirá para acelerar a vacinação em Moçambique.
Falando na ocasião, o ministro da saúde, Armindo Tiago, que fez uma radiografia da situação da pandemia no País, caracterizando-a como sendo “tendente a agravar-se”, face aos números de novas infecções, internamentos e óbitos, agradeceu, em nome do Governo de Moçambique, dos profissionais de Saúde e do povo moçambicano, o gesto altruista do povo brasileiro, realçando o facto do apoio daquele País, não só chegar num momento delicado para Moçambique, mas também, numa semana em que mais apoios de outros países amigos chegarem ao território nacional.
“Esta semana tem sido particularmente e, permitam-me o termo, fértil, para o nosso País, no que concerne aos apoios para a redução do impacto nefasto da pandemia”, sublinhou Armindo Tiago, para depois referir que “gostariamos de partilhar com os presentes e reiterar a nossa incomensurável satisfação, por havermos recebido, na segunda-feira, dos Governo de Portugal e da França, respectivamente, perto de 170 mil doses de vacinas, que vão, seguramente, permitir que como País e sector, possamos prosseguir com o nosso Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, que vimos executando desde Março último”.
O antibiótico Azitromicina é administrado mediante prescrição médica, para o tratamento de pacientes com Covid-19 e com outras infecções de fórum respiratório inferior (brônquios e pulmões) e superior (nariz, faringe, laringe e traqueia).
Assistiram à cerimónia de recepção do donativo de Azitromicina ao nosso País, a Directora Nacional da Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), Leila Monteiro, outros quadros do sector da Saúde e da Embaixada do Brasil, em Moçambique.
MISAU-DCI
