Com vista a melhorar o processo de recolha, integração e visibilidade de dados na cadeia de abastecimento de produtos farmacêuticos a todos níveis, o Ministério da Saúde (MISAU), por intermédio da Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), lançou hoje (23/02), na Cidade de Maputo, um novo Sistema de Informação de Gestão e Logística de Medicamentos, com a sigla (nSIMAM).

Trata-se de uma aplicação desenvolvida na plataforma de código aberto (OpenLMIS), especificamente para a Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), virada para a gestão operacional aos diversos níveis da cadeia de distribuição de produtos farmacêuticos e material médico-cirúrgico, desde as unidades sanitárias até aos depósitos provinciais ou armazéns intermediários, incluindo hospitais centrais.

 

Esta processo acontece de forma totalmente integrada, permitindo fluidez da informação entre diversos níveis e em tempo real.

“ O nSIMAM é um mecanismo que vai permitir a adopção de sistemas de código aberto, a disponibilização de capacidade de trabalho online e offline em todas unidades, o fornecimento de visibilidade de ponta-a-ponta da cadeia logística em tempo real, trazendo deste modo, mais-valia ao CMAM, com impacto directo na cadeia de abastecimento”, referiu Sua Excelência Ilesh Jani, Vice-ministro da Saude, durante o workshop de lançamento da plataforma.

Ilesh Jani exortou igualmente a todos os intervenientes para o seu comprometimento e colaboração no processo de expansão do sistema.

A plataforma foi financiada pelo PSM, projecto global da USAID da Cadeia de Gestão de Compras e de Fornecimento. Presente no evento, a Directora do Escritório de Saúde da USAID, Monique Mosolf, disse esperar que com a implementação deste novo sistema, possa haver redução da sobrecarga de trabalho manual na gestão do stock e dos erros de cálculos manuais por parte do pessoal que lida directamente com a cadeia de abastecimento.

O nSIMAM sucede ao SIMAM, que consiste num aplicativo desenvolvido sobre uma base de dados MS-Access especificamente para os Depósitos Provinciais e Distritais de Medicamentos, que conheceu a sua primeira versão em 2009, após o que foi sendo gradualmente expandido para os Hospitais e Unidades Sanitárias de maior volume de medicamentos.

Volvidos mais de 10 anos, o SIMAM foi-se tornando obsoleto, acumulando problemas, intrínsecos à natureza e limitações da plataforma sobre a qual foi desenvolvido, essencialmente relacionados com dificuldade de interoperabilidade com outros sistemas de informação existentes na cadeia de abastecimento e com limitações da capacidade de armazenamento de dados.

Em 2016 foi lançado o processo de implementação do novo Sistema, implementado numa fase piloto, em 8 locais da Cidade e Província de Maputo, com o acompanhamento técnico da CMAM e parceiros.