O país acolhe, a partir de amanhã, 30 de Abril, até Novembro do corrente ano, o Inquérito Nacional sobre o Impacto do HIV e SIDA em Moçambique (INSIDA).


O INSIDA é um inquérito de base comunitária, cujo objectivo principal é avaliar o impacto dos serviços de prevenção, cuidados e tratamento. Este inquérito irá abranger 11,058 agregados familiares, de onde serão entrevistados 23,877 indivíduos, e testadas para o HIV cerca de 19,006 pessoas, de 15 e mais anos de vida.

O lançamento do inquérito terá lugar esta sexta-feira, 30 de Abril, pelas 08h30 no campo de futebol do bairro 9, na Cidade de Xai-Xai, Província de Gaza, e será dirigido por Sua Excelência Prof. Doutor Armindo Daniel Tiago, Ministro da Saúde.

O acto contará com a presença da Governadora da Província de Gaza, o Presidente do Município de Xai-Xai, colaboradores e parceiros do inquérito, designadamente o CNCS, INE, CDC e ICAP.

O Inquérito irá decorrer em duas fases, sendo que a primeira irá abranger 6 províncias, nomeadamente: Maputo Cidade e Província, Gaza, Inhambane, Sofala e Manica

O anúncio foi feito esta segunda-feira, 26 de abril, em Maputo, pela Associação para o Fundo da Malária, durante a I Conferência Nacional de Doadores para a Luta Contra a Malária em Moçambique, evento que esteve associado ao Dia Mundial de Luta contra a Malária, assinalado no último domingo, 25.

O valor resulta de doações feitas por entidades empresarias que operam no país, que acederem aos apelos da Associação para o Fundo da Malária, criada para mobilizar recursos para apoiar o governo, através do sector da saúde, no combate a esta doença.

Discursando na ocasião, o Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, que dirigiu a cerimónia alusiva ao 25 de abril, enalteceu a iniciativa que culminou com a arrecadação do montante anunciado, tendo apelado para que mais contribuições sejam feitas, de modo que o país possa continuar a desencadear acções que visem a eradicação da malária, que continua a ser um problema de saúde pública e, a representar uma das principais causas de mortes em Moçambique.

O governante apontou algumas medidas de prevenção da malária, com destaque para a massificação do uso das redes mosquiteiras no seio das comunidades e o saneamento do meio.

O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, por seu turno, disse que a celebração, este ano, do Dia Mundial de Luta contra a Malária, que tem como lema “Zero Malária- Estabeleça o Limite na Luta contra a Malária”, remete ao sector que dirige, a responsabilidade de estabelecer um limite, um prazo na luta contra a malaria, observando que o limite do MISAU é reduzir gradualmente a transmissão, reduzir o número de casos e óbitos resultantes desta doença no país.

Trata-se de um documento que, entre vários objectivos, promove a gestão eficaz e o suporte psicossocial das pessoas vivendo com HIV e os seus familiares afectados e, procura garantir que todas as Unidades Sanitárias com serviços de tratamento antiretroviral (TARV) tenham disponíveis os serviços de apoio psicossocial.

A directriz foi lançada esta Sexta-feira, 23 de Abril de 2021, em Maputo, numa cerimónia dirigida pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago.

Na ocasião, Armindo Tiago destacou a importância e o contributo do documento para o controlo da doença referindo que, independentemente da doença (seja HIV/SIDA, Covid-19 ou outra) e do interveniente (paciente ou profissional de saúde), o apoio psicossocial é fundamental. 

Falando em concreto dos pacientes que vivem com HIV/SIDA, Armindo Tiago afirmou que estes, tendo apoio psicossocial e aconselhamento periódico, podem facilmente aderir aos cuidados de saúde e serviços relacionados com a doença, ao tratamento e, também a superar dificuldades ou barreiras psicológicas e sociais nas suas vidas.

O dirigente afirmou ainda que os desafios decorrentes dos factores psicossociais, responsáveis por afectar a retenção e a adesão permanente dos pacientes em tratamento antiretroviral (TARV), desperta para a necessidade de inclusão de estratégias de apoio a estes doentes, de modo a que se adaptem a uma nova forma de viver a partir do momento em que têm o diagnóstico positivo do HIV e se reconheçam como agentes principais da sua própria saúde.

Ainda na sua intervenção, o ministro da saúde, sustentando-se de dados de Dezembro de 2020 sobre o HIV/SIDA, referiu que Moçambique continua a ser um dos países com maior taxa de prevalência na África Austral. Para Tiago, este cenário deve chamar atenção de todos, pois mostra que há uma necessidade imperiosa de continuar a trabalhar para que as pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, iniciem e mantenham-se em tratamento, de modo a que epidemia seja controlada.

A segunda edição da “Directriz de Apoio Psicossocial nos Cuidados e Tratamento do HIV”, lançada pelo Ministério da Saúde, foi apresentada ao público pela Chefe do Programa Nacional de Combate ao (ITS) HIV SIDA, Aleny Couto, numa cerimónia que contou com as presenças do representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moçambique, Joaquim Sanweca, da representante do PEPFAR, da sociedade civil, quadros do MISAU e demais individualidades que compactuaram com a importância e o contributo do documento para o controlo da doença.

Documento disponível em MISAU PNC ITS HIV/SIDA: Directrizes Nacionais

MISAU-DCI