Em Moçambique, os cancros mais frequentes entre as mulheres, são o do colo do útero (31%), seguido do cancro da mama (10%) e do sarcoma de Kaposi (7%). Nos homens, são o sarcoma de Kaposi (16%), o cancro da próstata (16%) e do fígado (11%). Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (15/02), na cidade de Maputo, pelo ministro da saúde, Armindo Tiago, durante o evento alusivo ao Dia Mundial do Cancro, assinalado a 4 de Fevereiro e Dia Internacional da Criança com Cancro (assinalado ontem).

E os números de casos, de acordo com a Primeira-Dama da República, Isaura Ferrão Nyusi que dirigiu o evento, continuam a aumentar, anualmente, representando, o cancro, no geral, um problema de saúde publica.

A título de exemplo, em 2020, foram registados, em Moçambique, cerca de 26 mil novos casos de cancro e pouco mais de 17 mil mortes por esta doença. “Por isso, somos chamados, mais uma vez, a nos unirmos para minimizarmos os efeitos desta doença. E tal, passa por identificar os sinais e sintomas de alerta quanto cedo”, lembrou a esposa do Presidente da Republica.

Entretanto, e em relação ao cancro do colo do útero, Isaura Nyusi mostrou-se esperançosa na mudança do actual cenário, com a recente introdução no calendário nacional vacinal do país, da vacina que previne este tipo de cancro.

Até então, cerca de 710.000 (setecentas e dez mil) raparigas já beneficiaram da primeira e segunda dose da vacina. A Primeira-Dama, que lidera diversas campanhas de prevenção e combate ao cancro, deixou um importante apelo aos pais e encarregados de educação, de modo a levarem as suas filhas, com 9 anos de idade, a vacinarem contra a doença.

Isaura Nyusi destacou que a médio e longo prazos, as imunizações que estão sendo feitas actualmente poderão resultar em uma futura geração de mulheres, livres do cancro do colo do útero.

Por outro lado, lembrou da existência de muitos outros tipos de cancro que não são preveníveis pela vacina, mas que a sua detecção precoce, é uma janela para a cura. Apontou que o serviço de rastreio do cancro do colo do útero e da mama está disponível em todas Unidades Sanitárias do país.

O Ministério da Saúde através da Autoridade Nacional Reguladora de Medicamentos,IP (ANARME, IP) determinou se a suspensão imediata da comercialização e a retirada do território Nacional os seguintes lotes.

1- Lote nº 31303278S do produto Lactato de Ringer, Infusão Intravenosa BP

Mais informação em anexo os documentos.

 

 

O ministro da saúde, Armindo Daniel Tiago, anunciou esta Quinta-feira (06), em Maputo, o registo do primeiro caso de varíola dos macacos, no país.

De acordo com Armindo Tiago, que falava em conferência de imprensa, este caso resulta das acções de reforço da vigilância e da prontidão laboratorial, em curso, que permitiram testar, até o dia 5 de Outubro, um total de 49 casos suspeitos.

Foi neste universo de amostras onde se detectou um caso positivo. Trata-se de um indivíduo adulto, do sexo masculino, residente na Província de Maputo, em isolamento numa Unidade Sanitária da Cidade de Maputo. apresentando um estado geral satisfatório, decorrendo, neste momento, o processo de rastreio de todos os seus contactos, formação dos profissionais de saúde para o diagnostico e manejo dos casos; e acções de comunicação em saúde.

O caso apresentou-se à Unidade Sanitária no dia 4 de Outubro com história de febre, lesões cutâneas e viagem internacional recente. A amostra foi colhida no mesmo dia e levada ao Instituto Nacional de Saúde para diagnóstico por PCR”, explicou o ministro, que falou também dos principais sintomas da doença que são: início agudo de febre acima de 38 graus centígrados, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (gânglios inflamados), dores nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (cansaço), com progressão de erupção cutânea de 1 a 3 dias, frequentemente com início na face e depois espalha-se por todo o corpo, incluindo a planta dos pés e palma das mãos cutânea.

Por isso, o ministro da saúde aconselhou a todos os indivíduos que tiverem sintomas sugestivos da doença, a se dirigirem imediatamente à unidade sanitária mais próxima e, cumprir o isolamento enquanto aguardam os resultados da testagem laboratorial. Mais: apelou à sociedade a evitar o pânico, manter serenidade, evitar desinformação e recorrer sempre a fontes de informação oficiais do Ministério da Saúde para actualização em relação a doença no nosso país.

A varíola dos macacos é uma doença auto-limitada e a maioria dos casos resulta em cura. É pevenível através da observância das seguintes medidas: lavar frequentemente as mãos com água e sabão; evitar o contacto directo com pessoas ou animais infectados pela doença ou suspeitos e observar o distanciamento físico; evitar o contacto directo com superfícies e objectos contaminados.