Numa cerimónia realizada ontem (22/11), no edifício-sede do Ministério da Saúde (MISAU), o nosso país recebeu, dos Estados Unidos da América, representado pelo seu embaixador, Dennis Walter Hearn, um lote de 840 mil vacinas de dose única da Johnson & Johnson (J&J).
Trata-se de vacinas da iniciativa COVAX Global e foram financiadas pelo governo dos EUA, resultando compromisso daquele país na luta mundial contra esta pandemia.
As vacinas chegam numa altura em que, o país prossegue com a execução da terceira fase de vacinação, cuja primeira etapa termina a 20 de Dezembro.
Com este lote, entregue na Segunda-feira, a Moçambique, eleva-se o número total de vacinas doadas pelos EUA ao país, através da COVAX, para 1.478.000 doses, tal como destacou o diplomata americano, na sua intervenção.
O ministro da saúde, Armindo Tiago, por seu turno, afirmou que através de iniciativas como o COVAX, o Governo de Moçambique, pretende atingir a meta de vacinar cerca de 60 por cento da população, até o final do presente ano, e com isso criar uma imunidade comunitária, que contribuirá para a retoma da normalidade social e económica no nosso país.
O Ministério da Saúde (MISAU), em colaboração com o Gabinete da Primeira Dama da República, Isaura Ferrão Nyusi e parceiros, vai introduzir no calendário nacional de vacinação, a partir do dia 24 de Novembro corrente, a vacina contra o cancro do colo do útero, que terá como público-alvo, meninas com nove (9) anos de idade.
O anúncio foi feito pelo Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, em conferência de imprensa realizada na tarde desta terça-feira, 16 de Novembro, na cidade de Maputo.
Fernandes referiu, na ocasião, que a introdução da vacina enquadra-se nos esforços do país, de prevenção e controlo da doença, com vista a reduzir a morbi-mortalidade pelo cancro do colo do útero.
“O Cancro do Colo do Útero é um problema de Saúde Pública em muitos países do mundo, incluindo Moçambique. Anualmente, cerca de 5 mil mulheres são diagnosticadas com a doença e dessas, 4.000 perdem a vida”, destacou Quinas Fernandes.
O Director Nacional de Saúde Pública fez saber ainda que, a vacina é intra-muscular e será administrada em duas doses separadas por um intervalo de seis meses. Acrescentou ainda que ela previne quatro tipos de vírus (variantes 8, 10,16 e 18), que causam mais de 70% dos casos de cancro do colo do útero.
Refira-se que o Ministério da Saúde prevê vacinar, com a introdução desta vacina, e anualmente, cerca de 450 mil raparigas com nove (9) anos.
O MISAU apela a todos os pais e encarregados de educação para levarem as suas crianças à vacinação.
MISAU-DCI
Iniciativa presidencial “Um Distrito, Um Hospital”, melhoria de Assistência Sanitária e provisão de Medicamentos entre as prioridades do sector em 2022.
Terminou esta sexta-feira (05 de novembro), em Lichinga, capital da província de Niassa, o XLVI Conselho Coordenador da Saúde.
Com periodicidade anual, o Conselho Coordenador da Saúde de Lichinga, avaliou e debateu, entre várias matérias, o grau de cumprimento dos compromissos do sector; identificou os desafios actuais e futuros; perspectivou os próximos passos e aprofundou as acções sectoriais, tendo em conta a necessidade de alinhamento com as aspirações do Programa Quinquenal do Governo 2020-2024, entre outros instrumentos de Planificação e monitoria.
A reunião magna da Saúde, elencou os desafios urgentes e actuais sectoriais, e coube ao ministro da saúde, Armindo Tiago, apresentá-los, num discurso de encerramento, marcadamente introspectivo, aliás, caracteristica dos debates que aconteceram ao longo dos três dias de trabalhos do Conselho Coordenador.
Entre os desafios, de acordo com o ministro Armindo Tiago, contam-se, a necessidade de expansão e melhoramento da rede sanitária, com destaque para a iniciativa presidencial “Um Distrito Um Hospital”; a consolidação do Plano de Logística (PELF), implementado pela Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), com foco na continuidade da construção de armazéns de medicamentos em todo o país e o estabelecimento de uma cadeia eficiente de logística, e abastecimento de medicamentos; assim como a implementação do subsistema comunitário de saúde, num modelo que permita a transferência de conhecimentos e partilha de responsabilidades, dos profissionais de saúde e comunidades.
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